quarta-feira, 29 de julho de 2009



Dificuldades de Aprendizagem


"Dificuldade de aprendizagem específica significa uma perturbação em um ou mais processos psicológicos básicos envolvidos na compreensão ou utilização da linguagem falada ou escrita, que pode manifestar-se por uma aptidão imperfeita de escutar, pensar, ler, escrever, soletrar ou fazer cálculos matemáticos. O termo inclui condições como deficiências perceptivas, lesão cerebral, disfunção cerebral mínima, dislexia e afasia de desenvolvimento. O termo não engloba as crianças que têm problemas de aprendizagem resultantes principalmente de deficiência visual, auditiva ou motora, de deficiência mental, de perturbação emocional ou de desvantagens ambientais, culturais ou econômicas" (Federal Register, 1977).Existem ainda outras classificações, por exemplo, quanto a origem das Dificuldades da Aprendizagem. Alguns autores dividem as Dificuldades da Aprendizagem em Primárias e Secundárias, de acordo com sua origem. As Dificuldades da Aprendizagem consideradas Primárias, seriam aquelas cuja causa não pode ainda ser atribuída à elementos psico-neurológicos bem estabelecidos ou esclarecidos. Esses casos englobam, principalmente, as chamadas disfunções cerebrais e, dentro das dessas disfunções, teríamos os Transtorno da Leitura, Transtorno da Matemática e Transtorno da Expressão Escrita, bem como os transtornos da linguagem falada, os quais englobam o Transtorno da Linguagem Expressiva e o Transtorno Misto da Linguagem Receptivo-Expressiva. As Dificuldades da Aprendizagem consideradas secundárias seriam aquelas conseqüentes à alterações biológicas específicas e bem estabelecidas e alterações comportamentais e emocionais bem esclarecidas. Em relação às alterações biológicas (neurológicas) teríamos as Lesões Cerebrais, Paralisia Cerebral, Epilepsia e Deficiência Mental. Envolvem também os sistemas sensoriais, através da deficiência auditiva, hipoacusia, deficiência visual e ambliopia. Teríamos ainda, dentro das causas biológicas, as situações de Dificuldades da Aprendizagem conseqüentes a outros problemas perceptivos que afetam a discriminação, síntese, memória e relação espacial e visualização.


Deficiência Mental

A Deficiência Mental se caracteriza assim, por um funcionamento global inferior à media, junto com limitações associadas em duas ou mais das seguintes habilidades adaptativas: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e segurança, habilidades escolares, administração do ócio e trabalho. Para o diagnóstico é imprescindível que a Deficiência Mental se manifeste antes dos 18 anos. As áreas de necessidades dos deficientes devem ser determinadas através de avaliações neurológicas, psiquiátricas, sociais e clínicas e nunca numa única abordagem de diagnóstico.Por outro lado, a classificação da OMS - CID.10 (Organização Mundial da Saúde) é baseada ainda no critério quantitativo. Por essa classificação a gravidade da deficiência seria:Profundo: São pessoas com uma incapacidade total de autonomia. Os que têm um coeficiente intelectual inferior a 10, inclusive aquelas que vivem num nível vegetativo. Agudo Grave:Fundamentalmente necessitam que se trabalhe para instaurar alguns hábitos de autonomia, já que há probabilidade de adquiri-los. Sua capacidade de comunicação é muito primária. Podem aprender de uma forma linear, são crianças que necessitam revisões constantes. Moderado: O máximo que podem alcançar é o ponto de assumir um nível pré-operativo. São pessoas que podem ser capazes de adquirir hábitos de autonomia e, inclusive, podem realizar certas atitudes bem elaboradas. Quando adultos podem freqüentar lugares ocupacionais, mesmo que sempre estejam necessitando de supervisão.Leve: São casos perfeitamente educáveis. Podem chegar a realizar tarefas mais complexas com supervisão. São os casos mais favoráveis.

terça-feira, 28 de julho de 2009



Transtornos Alimentares

Os Transtornos Alimentares são definidos como desvios do comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo ou à obesidade, entre outros problemas físicos e incapacidades. Os principais tipos de Transtornos Alimentares são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa. Essas duas patologias são intimamente relacionadas por apresentarem alguns sintomas em comum: uma idéia prevalente envolvendo a preocupação excessiva com o peso, uma representação alterada da forma corporal e um medo patológico de engordar. Em ambos os quadros os pacientes estabelecem um julgamento de si mesmos indevidamente baseado na forma física, a qual freqüentemente percebem de forma distorcida.

domingo, 26 de julho de 2009



Psicologia Forense ou Jurídica


A Psicologia Forense ou Jurídica constitui uma interface entre duas disciplinas “Psicologia e Direito”.A Psicologia Forense aplica métodos, instrumentos e teorias da psicologia nas áreas do direito que lhe cabem, nas esferas penais e legislativas em consonância com as normas jurídicas.Através de normas e leis são regulados os direitos e obrigações do cidadão como forma de controlar métodos de conduta desviantes.Na aplicação de normas punitivas devem ser avaliadas as consequencias a nível civil e criminal do sujeito do delito, assim como devem ser considerados os fatores motivacionais, cognitivos e capacidades do julgado.A partir de uma perspectiva psicológica importante, é possível considerar as situações e circunstâncias que envolvem o ato delituoso, bem como apurar as capacidades de imputablidade e inimputabilidade do acusado.Na avaliação de uma violação, é necessário ter em conta ainda a personalidade do transgressor.Geralmente,na Psicologia Juridica o objeto de estudo é o comportamento humano, agregando fatores sociais e o espírito jurídico aos fatores psicológicos.



Estresse
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O estresse, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de um conjunto de reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou duração podem levar a um desequilíbrio no organismo. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação à situações novas. O estresse pode ser dividido em dois tipos básicos: o estresse crônico e o agudo. O estresse crônico é aquele que afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia, mas de uma forma mais suave. O estresse agudo é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas. Conseqüências no Organismo: O estresse pode afetar o organismo de diversas formas e seus sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Existe uma sensibilidade pessoal que reage quando enfrentamos um problema, e essa particularidade explica como lidamos com situações desafiadoras, decidindo enfrentá-las ou não.Não são só situações ruins que nos deixam estressados. Todas as grandes mudanças que passamos na vida são situações estressantes, mesmo se elas forem boas e que esteja nos fazendo felizes.A necessidade de ajuste deixa o organismo preparado para "lutar ou fugir", aumentando a pressão arterial e frequência cardíaca, queda de cabelo,contraindo músculos e vasos sanguíneos. O fato de um evento emocional como o estresse afetar o organismo se deve ao íntimo relacionamento entre o sistema imunológico (defesa), sistema nervoso (controle) e sistema endócrino (hormonal). Por isso, um estresse intenso pode afetar qualquer um desses sistemas levando à diversidade dos sintomas.

sexta-feira, 24 de julho de 2009



Esquizofrenia


Os transtornos esquizofrênicos se caracterizam em geral por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção, e por afetos inapropriados ou embotados. Usualmente mantém-se clara a consciência e a capacidade intelectual, embora certos déficits cognitivos possam evoluir no curso do tempo. Os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do pensamento, a imposição ou o roubo do pensamento, a divulgação do pensamento, a percepção delirante, idéias delirantes de controle, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, transtornos do pensamento e sintomas negativos.



Transtorno Afetivo Bipolar



O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é também conhecido como Transtorno Bipolar do Humor (TBH) ou, antigamente, como Psicose Maníaco Depressiva (PMD). Trata-se de uma doença relacionada ao humor ou afeto e classificada no mesmo capítulo da Depressão e da Distimia. O TAB se caracteriza por alterações do humor, com episódios depressivos e maníacos ao longo da vida. O Transtorno Afetivo Bipolar é considerado uma doença psiquiátrica muito bem definida e, embora tenha um quadro clínico variado é um dos transtornos com sintomatologia mais consistente da psiquiatria. Sua forma típica (euforia-depressão) é bem caracterizada e reconhecível, permitindo o diagnóstico precoce e confiável. Normalmente sentimos uma grande variedade de sentimentos com maior ou menor intensidade, tais como alegria, tristeza, medo, ousadia, energia, desânimo, eloqüência, apatia, desinteresse em diversos momentos de nossa vida. Essas respostas emocionais podem ser adequadas, inadequadas, proporcionais ou desproporcionais aos estímulos externos, que são nossas vivências. Mas os episódios agudos de oscilação afetiva do Transtorno Afetivo Bipolar nem sempre necessitam de vivências para se manifestarem.




Fobia Social

A fobia social é a intensa ansiedade gerada quando o paciente é submetido à avaliação de outras pessoas. Essa ansiedade ainda que generalizada não se estenda a todas as funções que uma pessoa possa desempenhar. Na maioria das vezes concentra-se sob tarefas ou circunstâncias bem definidas. É natural sentir-se acanhado quando se é observado: esse desconforto até certo ponto é normal e aceitável, muitas vezes vantajoso. Passamos a considerar esta vergonha ou timidez como patológicas a partir do momento em que a pessoa sofre algum prejuízo pessoal por causa dela, como deixar de concluir um curso ou uma faculdade por causa de um exame final que exige uma apresentação pública ou diante de um avaliador(es).O fóbico social sente-se muito incomodado todas as vezes que alguém o observa escrevendo. A intensidade desta reação de ansiedade é desproporcional ao nervosismo que esta situação exigiria das pessoas em geral, e isso é reconhecido pelo paciente. No momento em que a pessoa é exposta a situação fóbica, a crise de ansiedade é de tal forma intensa que parece uma crise do pânico.
Psico-Oncologia Infantil – Psicologia Hospitalar


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Psico-oncologia é o nome da área de interface entre a Oncologia (a parte da Medicina que estuda o câncer) e a Psicologia, que tem por objetivos:

a) Identificar o papel de fatores psicológicos e sociais, no aparecimento, desenvolvimento, tratamento e reabilitação do paciente com câncer.

b) Sistematizar de um corpo de conhecimentos que possa permitir a assistência integral do paciente com câncer e de sua família, bem como a formação de profissionais de saúde especializados com o seu tratamento (Gimenes, 1994).

Entre as principais reações de comportamento da criança com câncer, é importante notar:

a) A angústia e a ansiedade diante do diagnóstico da doença e dos procedimentos de tratamento até então desconhecidos e que passam a se repetir periodicamente;

b) Atitudes que indicam estresse, frente à situações avaliadas como negativas ou que provocam perda de controle da criança sobre o próprio corpo, tais como ter que se submeter a exames invasivos como hemograma e outros;

c) Diminuição da sociabilidade como conseqüência da rotina de ambientes hospitalares, do afastamento do contexto familiar e das restrições alimentares ou de atividades físicas, o que pode gerar inseguranças, medos e conflitos pessoais na criança;

d) Perda do controle, por parte dos pais e demais familiares, sobre o comportamento geral da criança, como conseqüência da alteração das práticas de cuidados dispensados à mesma, gerando um quadro típico de super-proteção.

Para isso, importante observar sistematicamente as interações entre a criança e o ambiente em que são dispensados os cuidados com o tratamento para a definição das circunstâncias em que seriam indicadas necessidade de ajuda psicológica à criança com câncer. A identificação de características individuais que particularizem a criança e a diferenciem das demais podem personalizar a atenção na assistência comportamental oferecida à mesma e melhorar a qualidade geral do atendimento, contribuindo positivamente para o sucesso do tratamento.




Psicoterapia Infantil



A psicoterapia infantil é uma prática da psicologia que trabalha com o objetivo de favorecer o bem estar e a qualidade de vida da criança e de sua família. Sendo assim, a terapia promove o exercício da observação do comportamento, para que os pais possam identificar se os comportamentos dos seus filhos são adaptativos ou não. Portanto, é um momento no qual a criança é acolhida e ouvida, podendo expressar seu universo privado e aprender maneiras adaptativas de comunicar sentimentos como raiva, saudade, tristeza, frustração, medo, ansiedade e amor. É fundamental a participação dos pais no processo terapêutico. Geralmente, os pais encontram na terapia orientações sobre maneiras alternativas de lidar com as dificuldades familiares. Durante o atendimento à criança, o terapeuta infantil usa estratégias lúdicas como histórias, desenhos, colagens, pinturas, jogos, de acordo com a idade da criança, para criar um ambiente no qual ela se sinta à vontade. Por meio dessas atividades, o terapeuta tem oportunidade de conhecer melhor a criança, seus pensamentos, sentimentos e comportamentos.


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ludodiagnóstico (Atividade lúdica)

Baseando-se no fato de que o jogo é o meio natural e agradável de se brincar no qual seria uma oportunidade da criança ensaiar, “brincando”, os seus sentimentos e problemas, conhecendo a realidade da criança e estabelecendo o vínculo. Porém, a atividade lúdica nos mostra todo o seu significado quando se passa a compreender a relação existente no desenvolvimento global da criança.




Transtorno Obsessivo Compulsivo

O transtorno obsessivo compulsivo se caracteriza por pensamentos ruminantes, fora do controle, difíceis de serem afastados com toda a força de vontade. A maneira que a pessoa encontra para diminuir a ansiedade causada por esses pensamentos é através de rituais, que acabam se tornando obrigatórios, compulsivos. Os tipos de pensamentos mais comuns são: pavor de sujeira, medo de se contaminar por germes e bactérias, vinganças, medo infundado de perdas, temor pela segurança, desafios como somar números de chapas de carro, lavar repetidamente as mãos, se a torneira está fechada, a porta trancada, dentre outros. Tais pensamentos geram muita ansiedade e acabam por fazer com que a psique encontre uma forma de afastar o perigo. Os rituais aparecem como mecanismo, que simbolicamente defende a pessoa. E podem ser tão fortes que muitas vezes impedem a pessoa de ter uma vida normal.




Síndrome do Pânico


A síndrome do pânico é uma reação de medo extremo sem causa aparente. Geralmente vem associada a alguns sintomas: falta de ar, palpitações, dor no peito, sensação de sufocamento, tontura, formigamento, ondas de calor ou frio, medo da morte ou da perda de controle. É comum que as pessoas tenham medo dos locais onde a crise aconteceu o que faz a pessoa se isolar mais e mais. Atualmente o tratamento mais indicado é o uso de medicamentos conjuntamente com a psicoterapia.



Autismo


A realidade para um autista é uma confusa gama de eventos, pessoas, lugares, sons e visões. Não parece haver limites claros, ordem e significado em nada. Porém, são conceitualizados como síndromes comportamentais biologicamente determinadas e com etiologias variadas. As causas são orgânicas. As dificuldades principais estão nas áreas de cognição, linguagem, motora e social. No caso dos transtornos invasivos do desenvolvimento, o quanto o diagnostico for feito o mais precocemente, melhor o prognóstico. Somos seres humanos diferentes, com nossos potenciais e limitações. Portanto, há sempre um trabalho a ser feito. Há sempre algo a ser alcançado dentro de qualquer limitação.



Arteterapia


A abordagem psicológica denominada arteterapia é a que utiliza essencialmente, as técnicas expressivas verbais e não verbais e os recursos artísticos com finalidade terapêuticos. A atividade criativa aliada ao trabalho de compreensão intelectual e emocional facilita o processo evolutivo da personalidade como um todo. A pintura, o desenho e toda a expressão plástica, bem como a música, a dança, as expressões corporais e dramáticas formam um instrumento valioso para o individuo organizar sua ordem interna e ao mesmo tempo reconstruir a realidade.

O uso da arte como terapia implica que o processo criativo pode ser um meio tanto de reconciliar conflitos emocionais, como de facilitar a auto-percepção e o desenvolvimento pessoal”.

(American Art Therapy Association)

Ansiedade


A ansiedade é um sinal natural de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças. De certa forma, a ansiedade passa a ser um problema quando é um sentimento generalizado ou exagerado de preocupação, apreensão, medo ou pressentimento ruins, acompanhado de sensações físicas e outros.


DOENÇAS PSICOSOMÁTICAS

As doenças psicossomáticas surgem como conseqüência de processos psicológicos e mentais do indivíduo desajustados das funções somáticas e viscerais e vice-versa. Caracterizam-se as possibilidades de distúrbios de função e de lesão nos órgãos do corpo, devido ao mau uso e ao efeito degenerativo, e descontroles dos processos mentais. Diferenciam-se neste ponto das doenças mentais, em que o mau desempenho não é opcional. Distúrbios emocionais desempenham papel importante, precipitando início, recorrência ou agravamento de sintomas, distinguindo das doenças puramente orgânicas. Porém, elas podem se transformar em doenças crônicas.Tendem a associar-se com outros distúrbios psicossómaticos.

"A ira jamais é sem motivo, embora raramente um bom motivo".
(Benjamim Franklin).


Gestalt-terapia


A Gestalt-Terapia é uma terapia existencial-fenomenológica fundada por Frederick (Fritz) e Laura Perls, na década de 1940. Porém, por sua vez, trabalha com o método fenomenológico de awareness. A fenomenologia, o existencialismo dialógico, o ecletismo e a atitude flexível com relação às opções clínicas da Gestalt-terapia têm uma boa compatibilidade com a teoria de campo. Além disso, a teoria de campo é a abordagem teórica que melhor pode incluir as amplas temáticas intelectuais, sociais, culturais, políticas e sociológicas tratadas pela teoria da Gestalt-terapia.

Os conceitos básicos da Gestalt-terapia são:

A perspectiva fenomenológica: a Gestalt-Terapia trata o que é sentido “subjetivamente” no presente e o que é “objetivamente” observado. O objetivo fenomenológico da Gestalt é a awareness ou o insight. A Gestalt-terapia usa a awareness focalizada e a experimentação para obter insight. O fenomenologista estuda não somente a awareness pessoal, mas também a awareness do próprio processo. O paciente deve aprender a se tornar consciente da awareness.

A perspectiva da teoria de campo: a Teoria de Campo é um método de exploração que descreve o campo total, do qual o evento atualmente é parte, em vez de analisar a situação em termos de uma categoria a qual ela pertence por sua “natureza” ou uma seqüência causa-efeito, histórica e unilinear. O campo é um todo, as partes estão em relacionamento imediato e reagem uma com as outras e nenhuma deixa de ser influenciada pelo que acontece em outro lugar do campo. Os Gestalt-terapeutas trabalham no aqui-e-agora, incluindo resíduos do passado, tais como postura corporal, hábitos e crenças. As abordagens de campo são descritivas e a ênfase está na observação, na descrição e na explicação da estrutura exata daquilo que está sendo estudado.

A perspectiva existencial: baseia-se no método fenomenológico. Focaliza-se a experiência da pessoa, as relações interpessoais, as alegrias e os sofrimentos. Quando a pessoa torna-se consciente, ela é capaz de escolher e/ou organizar a própria existência de maneira significativa. A visão existencial afirma que as pessoas estão infinitamente refazendo-se ou descobrindo a si mesmas.

Diálogo: o diálogo é baseado na experimentação da outra pessoa como ela verdadeiramente é, e mostrar o seu verdadeiro self, compartilhando awareness fenomenológica. O Gestalt-terapeuta trabalha engajando-se num diálogo, em vez de manipular o paciente em direção a um objetivo terapêutico e também diz o que ele pensa e encoraja o paciente a fazer o mesmo.


A Gestalt-terapia trabalha a busca de compreensão pela presença ativa e curativa do terapeuta e do paciente num relacionamento baseado em contato verdadeiro, utiliza técnicas ativas para esclarecer a experiência. Enfatiza também o que quer que exista, é aqui-e-agora, e que a experiência é mais confiável do que a interpretação. O paciente aprende a usar totalmente os seus sentidos internos e externos de maneira que possa ser auto-responsável e auto-sustentado e a diferença entre falar a respeito de algo que aconteceu há cinco minutos e experienciar o que é agora.


YONTEF, Gary M. Processo, diálogo, awareness: ensaios em Gestalt-terapia. São Paulo: Summus, 1998.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

"Depressão infantil"


Depressão Infantil - Ao contrário do que muitos pensam, criança também sofre de depressão. Entretanto, o que diferencia a depressão das tristezas do dia-a-dia são a intensidade, a persistência e as mudanças em hábitos normais das atividades da criança. Afinal, estas mudanças costumam manifestarem-se a partir de uma situação traumática, tais como: separação dos pais, mudança de colégio, morte de uma pessoa querida ou animal de estimação etc. Diante do exposto pode-se dizer antes só se diagnosticava em pessoas adultas, hoje está cada vez mais freqüente em crianças. Com isso, podemos observar que é mais difícil diagnosticar nas crianças, pois os sintomas podem ser confundidos com mal criação, pirraça ou birra, mau humor, tristeza e agressividade.

Os sinais e sintomas mais freqüentes da Depressão na Infância costumam ser os seguintes:

1- Mudanças de humor significativa;
2- Diminuição da atividade e do interesse;
3- Queda no rendimento escolar, perda da atenção;
4- Distúrbios do sono;
5- Aparecimento de condutas agressivas;
6- Auto-depreciação;
7- Perda de energia física e mental;
8- Queixas somáticas;
9- Fobia escolar;
10- Perda ou aumento de peso;
11- Cansaço matinal;
12- Aumento da sensibilidade (irritação ou choro fácil);
13- Negativismo e Pessimismo;
14- Sentimento de rejeição;
15- Idéias mórbidas sobre a vida;
16- Enurese e encoprese (urina ou defeca na cama);
17- Condutas anti-sociais e destrutivas;
18- Ansiedade e hipocondria.


Na fase pré-verbal:
A criança deprimida pode manifestar o humor rebaixado através de expressões mímicas e do comportamento. A inquietação, o retraimento social, choro freqüente, recusa alimentar, apatia e alterações do sono podem ser indícios de Depressão nesta fase.


Na fase pré-escolar: As crianças podem somatizar o transtorno afetivo, o qual se manifestará através de dor abdominal, falta do ganho de peso, retardo no desenvolvimento físico esperado para a idade, além da fisionomia triste, irritabilidade, alteração do apetite, hiperatividade e medo inespecíficos.

Dos 2-3 anos até a idade escolar: A Depressão Infantil pode se manifestar ainda com quadro de Ansiedade de Separação, onde existe sólida aderência da criança à figura de maior contacto (normalmente a mãe), ou até sinais sugestivos de regressão psicoemocional, como trejeitos mais atrasados da linguagem, encoprese e enurese.


Convém ressaltar, das dificuldades da doença em si, o tratamento da depressão esbarra num problema bastante comum: o preconceito. Mesmo assim, alguns pais relutam em aceitar o fato de que o filho precisa ser levado a uma psiquiatra. Isso porque não querem taxar o filho de doente mental. Desta forma pode-se dizer que, os pais devem prestar muita atenção aos primeiros sinais de depressão que a criança poderá apresentar, na maioria das vezes, o apoio da família e a psicoterapia são suficientes. Somente a partir dos 6 anos de idade, é necessário, em alguns casos, intervir com medicamentos. A depressão infantil desencadeia várias outras doenças. Por fim, o principal disso tudo é fazer com que a criança participe de todas as vivencias no seu desenvolvimento na construção da auto-estima.

terça-feira, 21 de julho de 2009

"AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVENCIAM"

Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a ordenar.
Se convivem com hostilidade, aprendem a brigar.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.
Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas.
Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.
Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.
Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.
Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.
Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar.
Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar.
Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.
Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.
Se as crianças vivem partilhando, aprendem o que é generosidade.
Se convivem com a sinceridade, aprendem a veracidade.
Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.
Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesmas e naqueles que a cercam.
Se as crianças convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver.
(Dorothy Law Nolte)